para compartilhar sabores e lembranças olfativas daqui e de outras terras...como o nhoque da nona, o arroz com bacalhau de vovô, as almondegas de minha mãe, o risoto de linguiça do meu pai, o thanksgiving dinner da mammy, o german chocolate cake da cindy, o doce de leite de tia mercedes, o doce de cidra da aninha, o doce de mamão da célia, o doce de pera da margarida, as pimentas da celha, os bolos da semiramis, os patês da rosana e por ai vai....


domingo, 24 de novembro de 2013

balas de alfinins


aprendi fazer balas de alfenins com a Cida do Zezico, (tatuianos entenderão, sim, sou tatuiana, conterrânea do homem que "melou") quando ela ainda não era tão famosa, mas já era uma "senhora doceira", doceira de mão cheia, e quando ele era apenas um rapaz, estudante, quase vizinho e filho do meu professor.
bem, histórias a parte, melhor nem mencionar mais, já que este assunto entrou para a história recente do nosso país.
ah também tinha os fios de ovos, até
aprendi fazer, mas nunca curti, sempre preferi fazer os suspiros com as claras.
na minha juventude, fiz muitas balas de alfenins (alfenim quer dizer confeito de massa de açúcar, melindre, fragilidade, delicadeza), meu pai amava, ficavam excelentes derretiam na boca, fiz muita bala na minha vida.

mas depois dos filhos jamais consegui uma bala decente.
uma lástima!
para quem não sabe, balas de alfenins são sensíveis, a diferença entre acertar e errar é muito sutil, se o telefone tocar, se filho chamar, se marido chegar, se alguém falar com você, pronto, desanda tudo.
na semana da votação do STF, com o saudosismo aflorado, por motivos desabonadores (de novo o homem que 'melou' me assombrando...), resolvi fazer bala. 

ciente que seria um tremendo teste, já que tenho os punhos operados, cheios de pinos e porcas, placa no braço direito, mais porcas e parafusos, do ombro melhor nem falar... depois de moído foi refeito com titânio, mesmo assim fiz as balas, tudo ia dando certo até que o telefone tocou...respirei fundo e prossegui, o telefone tocou de novo, sufoco, mas consegui dar o ponto! 
agora o "x" da questão seria puxar a bala, surpreendentemente foi com relativa tranquilidade, confesso que o pior movimento foi o da tesoura, o corte foi difícil, requer rapidez, agilidade e precisão.
bem, a bala ficou quase boa, algumas ficaram excelentes, outras nem tanto, puxei a massa em 5 cordões, razão da variação no produto final. apesar dos percalços e do resultado "quase bom".

fiquei super satisfeita por dois motivos "ainda não perdi a mão para bala" e "exorcizei meus medos".
da próxima vez desligo o telefone, não atendo a porta, faço de conta que não estou.







Bala de coco
a receita original da D. Cida
Rendimento: 1 quilo de balas


Ingredientes

1 garrafa de 200 ml de leite de coco
1kg de açúcar refinado
100 ml de água (pode usar como medida, ½ garrafinha do leite de coco)
Gotas de limão
200g de coco ralado


Modo de preparo
1. Em fogo médio adicione todos os ingredientes colocando por último as gotas de limão. Mexa bem até ferver*.
2. Quando a massa adquirir um tom perolado, desligue o fogo e estique-a ainda bem quente sobre uma pedra de mármore (ou granito) untada.
3. Puxe e estique a massa repetidas vezes, com vigor, até que ela fique bem clarinha.
4. Jogue o coco ralado sobre o mármore e faça tiras com a massa sobre ele.
5. Corte as tiras em cubinhos com uma boa tesoura. É preciso firmeza.
6. Reserve até a massa endurecer. Depois de quatro horas, estará no ponto que derrete na boca.



as minhas considerações de hoje são as seguintes:
  • o teor de gordura do leite de coco, aparentemente não é a mesma, precisei usar uma colher de manteiga para corrigir
  • não deixe de usar um açúcar refinado de primeira linha para ter o melhor resultado
  • apesar de estar mencionado na receita publicada "mexa bem até ferver", isto não faz parte da minha receita original, no meu caderninho amarelado, esta escrito: misture bem e depois não mexa mais, sempre fiz assim 
  • na receita acima, também foi omitido o ponto de bala,  que deve ser testado numa vasilha com água, ou seja pingar um pouco da bala, assim que ficar perolada e ver se forma uma bolinha, faça isto com a ponta dos dedos e para saber se está no ponto bata com a bolinha na beirada da vasilha, se fizer um barulho, este é o ponto.
  • nesta optei por não usar coco

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terça-feira, 19 de novembro de 2013

pão petrópolis

acabo de descobrir que não tinha uma postagem especifica para o pão petrópolis, lamentável esta falha, pois este é um pão dos que eu mais faço!



bem, ele já apareceu aqui num post de vários pães, mas um pão tão bom quanto este, merece mesmo um post exclusivo.
muitos blogs excelentes, tem uma receita de pão petrópolis na lista postagem, porém eu nunca testei outros, nem tão pouco comparei receitas.
esta que uso a tempos, apareceu no blog da querida Maura com a correção certeira de outra querida blogueira, das antigas, a Akemi.
se você ainda não testou este pão, aconselho muito, acho que você não irá se arrepender!





pão petrópolis
fonte e texto: Maura do Trainee de cozinheira
receita corrigida da Akemi do blog Pecado da Gula


*xícara medida 240ml
Ingredientes:
50g de açúcar (1/4 de xícara)
400g de farinha de trigo (2 3/4 xícaras)(usei Dona Benta)
30g de fermento biológico fresco (usei 1 colher sopa de fermento seco biológico)
uma pitada de sal
1 colher (sopa) cheia de manteiga sem sal em temperatura ambiente
180ml de leite morno(3/4 de xícara)
1 ovo extra grande
1 gema misturada com 1 colher de (chá) café pronto 

Com o link do blog da Akemi acima, vocês podem ver a outra maneira de fazer o pão.
Modo de fazer do jeito da Akemi:
Divida a farinha de trigo entre 2 vasilhas. Numa coloque o sal e a manteiga. Na outra, coloque o fermento, o açúcar a seu lado o ovo num canto. Despeje o leite morno sobre o fermento e misture com uma espátula ou colher de pau até formar uma massa. Mexa vigorosamente até formar uma mistura lisa e elástica, levantando bolhas. Caso fique uma massa pesada, junte um pouco mais de leite até formar uma massa líquida mais mole sem ser líquida.
Junte o conteúdo da outra vasilha e misture com cuidado até formar massa lisa e homogênea (cerca de 10 minutos). Não é preciso juntar mais farinha de trigo. Modele uma bola e volte a massa na vasilha. Cubra com filme plástico e deixe descansar até dobrar de volume (uns 40 minutos). Dê alguns soquinhos na superfície da massa para tirar o gás acumulado. Tire a massa da vasilha e modela a massa numa bola novamente. Cubra com um pano de prato molhado e bem torcido e deixe descansar mais 10 minutos. Abra a massa num pequeno retângulo com largura do tamanho da forma e enrole como rocambole. Coloque o pão modelado na forma, com a parte que fechou para baixo. Pincele com a gema e cubra com filme plástico. Deixe crescer até dobrar de volume (uns 30 minutos). Leve para assar em forno pré-aquecido a 180ºC por cerca de 30 minutos. Caso fique corado demais, cubra com papel alumínio e deixe terminar  de assar. tire do forno, desenforme e deixe esfriar sobre uma grade.
A receita rendeu 2 pães médios (24x10x6cm).

minha opinião: 
achei a massa extremamente macia e leve, no dia seguinte fica até melhor para cortar, de tão macio que ele fica, é uma delícia e faz torradas maravilhosas!!!


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quinta-feira, 14 de novembro de 2013

naked cake de chocolate com cocada e especiarias


naked cake é o bolo da hora. adoro e sempre fiz.
conforme já falei em postagem anterior por influencia da minha mãe americana, lá em casa, o bolos eram quase todos naked.
meu pai americano não gostava dos glacês, dizia que estragava o bolo.
costumo sempre usar uma massa de chocolate e um recheio claro para contrastar, mas de vez quando faço com massa branca, porém com a massa de chocolate fica mais atraente.

















lá na minha casa eram assados em três assadeiras iguais, para ficarem perfeitos na lateral, sem aparecer as migalhas que teimam aparecer no corte.

















na maioria das vezes, eu asso a receita numa forma alta e faço os cortes, a irregularidade não me incomoda, acho que até combina bem com os recheios e coberturas de textura rústica.

















aqui foi um bolo de chocolate de buttermilk e o recheio foi uma cocada com especiarias, canela, cravo, gengibre, cardamomo, baunilha, noz moscada, raspas de laranja, gemas, leite condensado e coco ralado.



as cocadas são perfeitas para este tipo de bolo, de abacaxi, maracujá, de limão, de especiarias ou simplesmente cocada mole.

já postei vários naked cakes cujas receitas e PAP podem ser vistas nos links abaixo

http://orapitangas.blogspot.com.br/2011/06/doceiro-da-vez-um-bolo-com-cara-da.html
http://orapitangas.blogspot.com.br/2009/03/desafio-o-bolo-de-aniversario-german.html
http://orapitangas.blogspot.com.br/2013/10/naked-cake-de-limao-siciliano.html
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sexta-feira, 8 de novembro de 2013

no knead assado na pedra

mais um pão...sem sova e de fermentação lenta
fazia muito tempo que queria assar um pão na pedra.
aproveitei para mais uma vez usar a receita do blog da querida Cris, do From Our Home To Yours, quem tive o imenso prazer em encontrar no ultimo EG, bem na postagem dela tem o PAP completo, não deixe de ver.
caso você não tenha a pedra, veja a mesma receita, da Cris,postada aqui.
o resultado foi excelente, ficou um pão maravilhoso, encorpado e com belo miolo.
ah, sim além da pedra, vaporizei o forno e mantive uma assadeira com água no assoalho do forno


a massa foi feita pela manhã, num dia super quente.
o pão foi assado 12 horas depois.
bem, a pedra, um pedaço de granito, do tamanho de uma assadeira nro 4 foi aquecida por 15 minutos.
depois cuidadosamente transferi o pão com uma espátula de madeira de cabo longo para a pedra aquecida.
a massa foi feita pela manhã, num dia super quente.
o pão foi assado 12 horas depois por 35 minutos.


servi com frios, queijo e azeite


no knead bread
fonte daqui

3 xícaras de farinha de trigo
1 colher de sobremesa de sal
1 colher de chá de fermento biológico seco
1 e 1/2 xícara de agua mineral

misturar com uma espátula até que tudo esteja bem agregado, deixar levedando por 3 horas, depois deste tempo polvilhar farinha de trigo sobre a massa com auxilio de uma peneira e fazer movimentos de dobra com a massa, usando apenas a espátula* pois ainda deverá estar uma massa bem hidratada, seguir com este procedimento por mais 3 ou 4 vezes.
moldar o pão cuidadosamente com as mãos bem enfarinhadas e deixar levedando em superfície enfarinhada ou sobre papel manteiga por mais duas horas, transferir com auxilio de uma espátula de madeira para a pedra quente, se desejar faça talhos no pão e polvilhe farinha.

* uso espátula curta tipo raspador

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quarta-feira, 6 de novembro de 2013

a esperada Gina e o EG

neste final de semana tivemos o segundo encontro gourmet.
bem, foi o meu primeiro encontro uma vez que no EG 2012 não foi possível, devido a enfermidade de minha mãe, mas neste ano, felizmente, tudo deu certo.
o evento foi primorosamente organizado, pelas blogueiras, Sandra Reis, Cecília Padilha e Daniela Abolim.
as meninas deram um show, foi tudo muito bom! 
sucesso total.

    crédito: Carina Na Cozinha da Carina

na oportunidade tive o prazer de encontrar, além da meninas que organizaram o encontro, muitas blogueiras queridas de norte a sul, participar dos eventos oferecidos, degustar muitas delícias e ainda trazer para casa brindes generosamente oferecidos pelos patrocinadores e com certeza, duramente batalhados pelas organizadoras. 
aproveito para agradecer aqui o esforço e dedicação da meninas. 

ah! sim, também fui sorteada duas vezes, primeiro com o livro Sex and the Kitchen, recém lançado pelo Alessander Guerra, do Cuecas na Cozinha, leitura imperdível e no final com uma Box Gourmet, adorei os produtos!
estendo aqui meus agradecimentos.


foto da Gina do NacoZinha


nesta oportunidade tive o prazer de hospedar a Gina do blog Naco Zinha aqui em casa.
a tempos queríamos nos encontrar, queríamos confirmar as afinidades que fomos descobrindo ao longo dos anos blogando, trocando e mails...
foi muito emocionante recebê-la e poder confirmar que realmente temos muito em comum, muito mais do que o prazer de cozinhar.
não me canso de agradecer pelo encontros proporcionados pelo blog.
mais uma vez tive a confirmação que não existe acaso, o encontros de alma estão marcados, cedo ou tarde eles ocorrem.
conhecer a Gina, foi especial demais. pena que foi rápido demais!


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