espero que gostem!
Ouvi dizer
para não sofrer de realidade.
E vai por ai, de bem-me-quer em mal-me-quer se desfolhando,
A gente inventa um jeito de não morrer de solidão,
se faz em voz no mundo e proclama em desertos.
A gente inventa reinos,
e acredita em verdades alheias,
e cai em braços sonsos.
Tem horas que a gente inventa a realidade,
para não descobrir-se forjado demais,
e vai por ai querendo um colo quente,
e braços que sempre nos esperaram,
proclamando verdades vivas,
as nossas.
Tranca a porta dos reinos,
e prefere ter casa para voltar,
e acaba de um jeito ou de outro,
aprendendo a cuidar das próprias feridas.
E fica forte para ter outras,
e aprende a deixar-se cuidar.
A gente sabe que precisa viver,
e vai hasteando o coração,
libertando a alma do mosto,
deixando as marcas do rosto,
entregues ao fluxo do tempo.
E que mal há em ter um tanto de ternura em meio a gente tão certeira?
História a gente inventa,
mas a nossa, a gente conta...