para compartilhar sabores e lembranças olfativas daqui e de outras terras...como o nhoque da nona, o arroz com bacalhau de vovô, as almondegas de minha mãe, o risoto de linguiça do meu pai, o thanksgiving dinner da mammy, o german chocolate cake da cindy, o doce de leite de tia mercedes, o doce de cidra da aninha, o doce de mamão da célia, o doce de pera da margarida, as pimentas da celha, os bolos da semiramis, os patês da rosana e por ai vai....


quinta-feira, 29 de novembro de 2012

carambola

acho carambola uma fruta linda. adoro!

fui conhecer um lugar maravilhoso, de muita paz, repleto de vibrações positivas e tive a grata surpresa de encontrar o pé de carambola carregadinho.

frutas no ponto, lindas, suculentas, bem docinhas 


muitas foram servidas na salada, outras viram compota e ficaram maravilhoso como calda de sorvete de baunilha.

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terça-feira, 27 de novembro de 2012

tender com laranja

já tem bastante tender no mercado, mas este foi feito no ano passado e  a foto ficou aqui aguardando a postagem para a ocasião oportuna.
na verdade, não tem receita, é a apenas uma dica rápida e bem simples, porém bastante saborosa.

















tire da embalagem, lave bem o tender, faça os riscos e espete os cravos


unte a assadeira com manteiga ou azeite, faça uma caminha com fatias de laranjas inteiras ou em meia lua, sempre com casca, peneire sobre as laranjas açúcar mascavo a gosto, regue com suco de laranja.
cubra com papel alumínio e leve ao forno por aproximadamente 40 minutos.


sirva com seu acompanhamento favorito


este foi servido com arroz de coco e cuscuz marroquino


e para completar a refeição servi uma salada de rúcula com maça e queijo quadradinhos de queijo coalho tostadinho, temperados com azeite e aceto balsâmico.


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terça-feira, 20 de novembro de 2012

quibebe

aqui em casa é  assim.
se tem carne de porco, tem quibebe de abobora.

quibebe
 
saltear linguiça calabresa*  num pouco de azeite, juntar cebola e alho processados, uma pitada de sal e duas pitadas de açúcar, caramelizar ligeiramente, juntar pedaços de abobora e cozinhar em fogo baixo até que comece desmanchar, amasse ligeiramente com um garfo, junte cheiro verde e sirva de acompanhamento.

* se desejar pode usar paio, linguiça portuguesa ou outra de sua preferência.

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sábado, 17 de novembro de 2012

para refletir com José Saramago: Na ilha por vezes habitada

nesta semana fazendo reverência a
José Saramago
(16 de Novembro de 1922 — 18 de Junho de 2010)



Na ilha por vezes habitada

Na ilha por vezes habitada do que somos, há noites,
manhãs e madrugadas em que não precisamos de
morrer.
Então sabemos tudo do que foi e será.
O mundo aparece explicado definitivamente e entra
em nós uma grande serenidade, e dizem-se as
palavras que a significam.
Levantamos um punhado de terra e apertamo-la nas
mãos.
Com doçura.
Aí se contém toda a verdade suportável: o contorno, a
vontade e os limites.
Podemos então dizer que somos livres, com a paz e o
sorriso de quem se reconhece e viajou à roda do
mundo infatigável, porque mordeu a alma até aos
ossos dela.
Libertemos devagar a terra onde acontecem milagres
como a água, a pedra e a raiz.
Cada um de nós é por enquanto a vida.
Isso nos baste.

José Saramago

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quinta-feira, 15 de novembro de 2012

arroz e frango


aqui na minha região, arroz com frango reina absoluto, sempre aparece. bastou esfriar um pouco, já é o suficiente para alguém se lembrar do tal arroz com frango. puro confort food para dia fresco e ventoso como hoje.
cresci comendo e fazendo a arroz com frango, em tempos de frango caipira, comprado vivo na feira, arroz cateto, cheiro verde da horta, fogão de lenha, etc e tal.
saudosismos a parte, continuo fazendo, com relativa frequência, o arroz com frango clássico, em panela de ferro batido, mas agora com frango resfriado.
outras vezes, faço com um toque, digamos um pouco mais refinado e sirvo como se fosse um risotto.


a receita do arroz com frango original esta aqui

este foi feito apenas com peito de frango, refogado com temperos variados, entre eles paprica e curry, depois de bem escurinho, agreguei um pimentão amarelo processado com cebola e alho, juntei o arroz (agulhinha) e caldo de frango caseiro, por ultimo um pouco de parmesão ralado e nada mais.



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domingo, 11 de novembro de 2012

para refletir com Cecília Meireles: ou isto ou aquilo


adoro a Cecília Meireles...

adoro:
 ou isto ou aquilo.
na vida é assim mesmo,
nunca estamos satisfeitos com o que temos
ainda mais para geminianos,
 assim como eu, inquietos.
ontem teve chuva,
queria sol,
hoje quero chuva,
para amanhã, certamente
hei de querer sol e chuva,
e assim a vida segue.
 

  açaizeiro do meu jardim

Ou Isto Ou Aquilo 

Cecília Benevides de Carvalho Meireles 
07 de novembro de 1901 - 09 novembro de 1964

Ou se tem chuva e não se tem sol,
ou se tem sol e não se tem chuva!
Ou se calça a luva e não se põe o anel,
ou se põe o anel e não se calça a luva!
Quem sobe nos ares não fica no chão,
quem fica no chão não sobe nos ares.
É uma grande pena que não se possa
estar ao mesmo tempo nos dois lugares!
Ou guardo o dinheiro e não compro o doce,
ou compro o doce e gasto o dinheiro.
Ou isto ou aquilo: ou isto ou aquilo...
e vivo escolhendo o dia inteiro!
Não sei se brinco, não sei se estudo,
se saio correndo ou fico tranqüilo.
Mas não consegui entender ainda
qual é melhor: se é isto ou aquilo.

sábado, 10 de novembro de 2012

patê de atum


este patê enformado, ficou esquecido  por mais de 25 anos, dia destes me lembrei dele e me deu uma enorme vontade de traze-lo de volta.
mas como, quase sempre acontece comigo, as receitas que eu fazia com muita frequência, e é o caso deste pate, acabaram ficando sem registro em lugar nenhum, busquei em todos os cadernos e nada...

aliás, este é o grande motivo do blog, sempre tive vários cadernos, fichas de receitas, mas quase tudo sem modo de fazer, grafado mal, quase ilegível, sempre tive péssima caligrafia e uma enorme preguiça de detalhar o modo de fazer, além disto misturo idiomas, rabisco tudo acertando medidas no sistema métrico, enfim uma verdadeira "mess" (bagunça).
um dia a minha filha me abriu o olho, e me falou que se algo acontecesse comigo, ninguém poderia reproduzir minhas receitas.
concordei, realmente é quase impossível, a tarefa já começa difícil  na caligrafia, o modo de fazer e a ordem dos ingredientes, simplesmente não existem.
bem, antes de pensar no blog sugeri que ela, tivesse seu próprio caderno e anotasse passo a passo, claro que não funcionou para ela.
o marido até tem o caderninho dele. 
uma receita minha de 5 linhas, vira mais de uma pagina no dele, ele detalha tudo.
finalmente veio o blog e aqui vão ficando os todos os registros e não só, ficam também pequenas historias dos pratos e muitas memórias.

voltando ao patê, botei a cabeça para funcionar e acabou saindo perfeito.

patê de atum

1 lata de atum solido
1 pimentão vermelho
1 cebola
cheiro verde
mostarda a gosto
1 cx de 200 g de creme de leite
3 colheres de maionese
1 colher de catchup
sal e pimenta a gosto
azeitonas sem caroços
1 sache de gelatina, dissolvida conforme orientação do fabricante (usei vermelha)

bater tudo no liquidificador, untar com azeite uma forma e despejar o conteúdo do liquidificador, gelar por pelo menos 4 horas.

* costumo fazer sempre de um dia para outro
* passo a faca nas laterais da forma e viro no prato de servir


perfeito para servir com torradinhas


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sábado, 3 de novembro de 2012

para refletir com Carlos Drummond de Andrade: parolagem da vida

nesta semana tinha que ser com ele




Parolagem da Vida


Como a vida muda.
Como a vida é muda.
Como a vida é nula.
Como a vida é nada.
Como a vida é tudo.
Tudo que se perde
mesmo sem ter ganho.
Como a vida é senha
de outra vida nova
que envelhece antes
de romper o novo.
Como a vida é outra
sempre outra, outra
não a que é vivida.
Como a vida é vida
ainda quando morte
esculpida em vida.
Como a vida é forte
em suas algemas.
Como dói a vida
quando tira a veste
de prata celeste.
Como a vida é isto
misturado àquilo.
Como a vida é bela
sendo uma pantera
de garra quebrada.
Como a vida é louca
estúpida, mouca
e no entanto chama
a torrar-se em chama.
Como a vida chora
de saber que é vida
e nunca nunca nunca
leva a sério o homem,
esse lobisomem.
Como a vida ri
a cada manhã
de seu próprio absurdo
e a cada momento
dá de novo a todos
uma prenda estranha.
Como a vida joga
de paz e de guerra
povoando a terra
de leis e fantasmas.
Como a vida toca
seu gasto realejo
fazendo da valsa
um puro Vivaldi.
Como a vida vale
mais que a própria vida
sempre renascida
em flor e formiga
em seixo rolado
peito desolado
coração amante.
E como se salva
a uma só palavra
escrita no sangue
desde o nascimento:
amor, vidamor!
Carlos Drummond de Andrade 
 31 de outubro de 1902 - 17 de agosto de 1987


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quinta-feira, 1 de novembro de 2012

cufa enformada


raramente faço enformada como esta.
costumo assar em uma grande assadeira redonda, mas neste dia visando  aproveitar o espaço do meu forno, optei por assar numa forma  grande, de buraco.
ficou ótima.
apesar de fazer cufa com muita frequência, de vez em quando acontece da cobertura pesar e afundar  em alguns lugares, achei que na forma de buraco a cobertura ficou bem distribuída, assou mais rápido e até mais fácil de servir.  aprovadíssima.
o truque para tirar da forma, foi encaixar um prato um pouco menor que abertura da forma, para não perder a farofa fofa, virar e depois desvirar rapidamente no prato de servir.

cufa

massa
2 ovos
1/2 xícara de óleo de canola
1/2 xícara de açúcar
1 colher de chá de sal
2 colheres de sobremesa de fermento biológico seco granulado
aproximadamente 4 xícaras de farinha de trigo
250 ml de água
1 xícara de frutas cristalizadas
1/2 xícara de uvas passas brancas sem sementes
1/2 xícara de uvas passas pretas sem sementes
misture 3 xícaras de farinha peneiradas, com o açúcar, o sal, e o fermento granulado, bata no liquidificador, óleo, os ovos e a água e misture aos poucos aos secos, fica uma massa grudenta como de pão de forma. se necessário vá agregando mais farinha.
unte uma forma alta de 30 cm e coloque a massa, deixe crescer por 30 minutos (a massa deverá levedar este tempo sem o "peso" da farofa) em seguida espalhe a farofa, espere mais 15 minutos para completar o crescimento e leve ao forno médio por 30 minutos.
farofa
1 xícara de farinha de trigo
1 colher de sopa de canela
3/4 de xícara de açúcar
2 colheres de sopa de margarina sem sal
faça um creme com a margarina, açúcar e canela e junte a farinha ao poucos, espalhe sobre a massa de cufa já crescida por uns 30 minutos.
dicas:
  1. pode usar goiabada ao invés de frutas
  2. ou pedacinhos de chocolate
  3. se o tempo estiver frio o crescimento poderá se alongar
  4. se desejar pode se usar a forma de fundo falso para desenformar com mais facilidade
  5. ou forrar a forma com papel manteiga untado deixando uma aba

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